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Tão certo como o amigo ama o amigo Também te amo, vida-enigma
Mesmo que me tenha exultado ou chorado, Mesmo que me tenhas dado prazer ou dor.
Eu amo-te junto com teus pesares, E mesmo que me devas destruir,
Desprender-me-ei de teus braços Como o amigo se desprende do peito amigo.
Com toda força te abraço! Deixa tuas chamas me inflamarem,
Deixa-me ainda no ardor da luta Sondar mais fundo teu enigma
Ser! Pensar milénios! Fecha-me em teus braços:
Se já não tens felicidade para me dar
Muito bem: dai-me teu tormento.”

Hino à Vida-1881, Lou Andreas Salomé

Co-produção [parte 1]: Akroama · Teatro Stabile di Innovazione e Ricerca della Sardegna · Caglíari | Itália
adaptação de Lelio Lecis, a partir de “Quando nós os mortos despertarmos” de Henrik Ibsen| Cenografia e figurinos: Lélio Lecis |Iluminação: Nilton Teixeira | Vídeo: Frederico Bustorff Madeira | Som: Pedro Pinto | Elenco: António Jorge, Eduarda Filipa, Rogério Boane e Solange Sá